Um dia você vai perceber. Sempre foi mais que trechos musicais ou frases prontas. Nada descrevia. Não sei porque eu ainda insistia nisso, havia se tornado tão clichê. Uma mesma pessoa tentando viver por duas. Egoísmo demais, amor demais. A vida sempre exige de nós mais do que achamos que podemos agüentar, e acabamos suportando cada vez mais. Querer suprir a ausência e exigir a presença, eram coisas com qual ela lutava todos os dias. Isso era um esforço muito grande que o destino resolvera impor. Chegou a conclusão obvia; o amor supera tudo. Por isso estava viva, até hoje.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
APROVEITA O DIA (Walt Whitman)
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido...
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido...
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Eu só queria que pudesse ver o quanto foi capaz de fazer por mim, talvez assim você ficasse ou acreditasse que sentimentos não são passageiros e que coisa boa, como eu você, leva tempo pra acontecer. Talvez eu me machucasse e eu diria inúmeras vezes que valeria a pena, e mentiria pra mim mesma até acreditar que estaríamos bem. Porque quando você sorri, fica tudo certo. Não quero me obrigar a pensar que são lembranças, – apenas lembranças – e se você me pedir pra ignorar os fatos, esqueço os erros e começamos de novo, de novo e de novo até que não seja necessários as minhas palavras, e as atitudes comecem a responder por nós dois.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Enquanto duvidarem das pessoas, de suas palavras, de suas demonstrações. Enquanto formos regulados de emoções e classificado por cores. Enquanto não me convencerem de onde viemos e pra onde vamos. Enquanto existir “meios homens” tentando nos dizer o que fazer, o que sentir. Enquanto aparecer for mais importante que existir. Enquanto o poder de posse falar mais alto, e as bocas pedirem por socorro. Enquanto pessoas lá fora morrerem, nascerem, e se redescobrirem. Enquanto eu não souber o que vem depois. Enquanto a ficha não cair e aprendermos que dignidade e felicidade não se compram & enquanto houver ódio.
Eu acredito no amor. E enquanto acredito no amor eu crio milhões de esperanças dentro de mim e dentro do mundo.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
E quem vai me dizer quando chegar ao limite
Me olhar nos olhos e me mostrar que canções não são suficientes
Quando se trata de pessoas
Quando se trata de sentimentos.
De onde vou tirar o animo pra continuar
Quando minhas pernas cansarem
Quando as respostas cessarem
E o que permanecer forem às dúvidas.
Pra que lado vou olhar
Se tudo o que eu sei, é que são escolhas
E todas me levarão a algum lugar
Não importa de onde venha,
Sempre haverá uma conseqüência.
Quando vão me mostrar as verdades
Aquelas que sempre tapei
Me fazer acreditar que estava errada
E no final, ainda conseguir duvidar.
Se for pra dizer, que seja a verdade! Ninguém nos pertence. Hoje, nem nunca. Se for pra sentir, que seja verdadeiro! Novas pessoas, novos sentimentos. E que fique claro, quero confiar apenas em mim.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Você não sabe o que é, mais há um mundo com infinitas possibilidades lá fora e tudo o que consegue é se refugiar esperando que alguém lhe diga o que fazer. Todos sentem, todos desejam, melhor seria se passássemos a maior parte da nossa vida fazendo. Planejamos momentos, e ainda conseguimos sentir calafrios na barriga só de imaginar (ou seria inventar?). A verdade é que somos precisos com aquilo que buscamos, e ainda sim na maioria das vezes, só acabamos na vontade...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Teimoso é aquele que mesmo com a incerteza do futuro, consegue sorrir. Mas não importa o quanto algumas pessoas demonstrem ser fortes, mais cedo ou mais tarde a fraqueza aparece. Você é, o que você sonha. Se precisar escolher, na dúvida faça. Se quiser volte atrás, pois indecisos não são os que se arrependem e sim os que mantém a mente fechada. E se quer acreditar em alguma coisa, acredite no amor, não o que o homem inventa e vive á enfatizar. O belo, puro e cru. O Que vem de dentro.
domingo, 12 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
CONTROVÉRSIA [III]
O sol de algum modo tentava se expor, lá fora e na minha vida. Tratei de me acalmar, a ansiedade estava me dominando. Era sábado e eu estava decidida a juntar os pedaços que perdi da minha vida durante o ano. Definitivamente, eu era teimosa.
A campainha tocou e me surpreendi ao descer correndo as escadas, há tempos não sentia essa vontade louca de receber visitas.
- Espero que não tenha chegado cedo demais (aquela sinceridade de sempre)
- Claro que não Deb! Estava com saudades!
- Eu também Brenda, e muita ainda.
Ela me abraçou, meu coração disparou, meu olho se encharcou. Era bem a minha cara morrer pelas amizades. Ela me pegou pela mão e sentamos no sofá, tirou uma foto do bolso, belas garotas! Havia um texto atrás, com uma letra que eu reconhecia perfeitamente. Mais horrível que nunca.
“Sobre todas as coisas que você é obrigada a ouvir diariamente, quero que preste atenção nessa; uma garota precisa de roupas novas, sapatos e brincos novos. Faz parte da nossa vida seguir uma moda, ou pelo menos estar sempre em dia com nós mesmas, pode ser puro capricho, mais está no instinto. Mesmo os velhos sapatos podem nos cair bem um dia, afinal, nos adaptamos a eles, e aquelas calças jeans desbotadas no fundo do guarda roupa? Tenho certeza que irão ficar perfeitas de novo. Eu só quero que entenda, irei te conservar dentro de mim sempre, e não importa se o tempo passa, ou se é apenas costume de você. Eu me adaptei, e não é só porque o tempo passa que signifique que tudo ira ficar velho um dia. Pensando bem talvez eu possa envelhecer com você. Um sapato lindo, que um dia serviu pra salvar a minha vida.” 13/05/2000
Dois anos atrás. Minha vontade de tentar se expressar com a escrita já vinha a algum tempo, mais percebi que nem sempre conseguia. Comparar ela com um sapato? Talvez fosse tosco demais. Talvez ela tivesse entendido. Eu amo sapatos.
- Você sabe que merece bem mais que isso? – eu disse enxugando os olhos- .
- Você sempre faz o máximo que pode – ela me abraçou, e foi aí que senti. Ainda continuava tão verdadeiro. Nunca havia saído de dentro de mim, e por todas as coisas que passamos, a ultima briga havia sido pior, ainda assim nos conseguiu aproximar mais.
Fomos para o quarto, conversamos, comemos e vimos filmes.
Apesar de algum vazio, eu me sentia completa e me senti chateada ao perceber o quanto havia deixado minha vida fora do lugar. Meu orgulho havia se cansado e pessoas estavam indo embora. Eu culpava elas, e nem percebi que se pedisse pra elas ficar, elas ficariam. Estava eu e meu mundo. Como eu consegui sobreviver por tanto tempo apenas com meus caprichos? Talvez fosse tarde demais, eu já havia perdido um amor. Talvez não fosse amor, mais era assim que eu chamava a falta que ele me fazia. Talvez não fosse tão tarde assim, eu perdi um amor, e reconquistei outro. Talvez se eu não tivesse perdido o primeiro, de onde arranjaria coragem pra correr atrás do segundo? Por um segundo me senti orgulhosa. Cheguei a pensar que as coisas são como devem ser. Mais cabe a nós correr atrás do que realmente nos importa, porque a vida não afasta pessoas, nem o tempo. Quando elas acham o que devem buscar, pegam a mala e vão embora, procurando alguma coisa que faça sentido. E eu? Vou atrás, pra não deixar que mais ninguém fuja de mim.
domingo, 5 de dezembro de 2010
CONTROVÉRSIA [II]
Em silêncio deixei que minha vida se transformasse nos dias seguintes. Na verdade não foi necessário tanto esforço, quando perde o que se ama se perde o chão e o sentido da vida passa a ser outro.
- Tudo o que você faz é se fechar completamente! Acha que isso vai levar você a algum lugar? Acha que vai trazer ele de volta? – No fundo eu esperava que sim.
- Não mãe. – agora era a hora em que bloqueava meus ouvidos e meus pensamentos, me distrai com uma borboleta e me concentrei naquilo: como ela em seu inicio se fecha no casulo como lagarta pra se proteger de sua metamorfose, esperando o amadurecimento das asas que lhe permitem voar. Era tão obvio, esperar a hora certa para se libertar, mais não era o meu caso. De alguma forma eu me sentia presa ao meu passado, a pessoas que não estavam mais como antes na minha vida e em momentos que não passavam de boas recordações, mais eram só lembranças. Quando me dei por conta já estava sozinha de novo, os xingos da minha mãe pelo menos serviam de inspiração pra eu me distrair por alguns minutos.
Peguei meu companheiro, sabia que precisava me distrair e dar pra minha vida um rumo, digitei aquele número que por vezes não saia das minhas chamadas recentes.
- Alô?
Aí que falta me fazia essa voz!
- Deb sou eu, a Brenda. Hã, tudo bem?
- Meu Deus! Ta explicado esse tempo nublado, vem chuva por aí! – risos. Ela e suas piadinhas, garanto que estava tão surpreendida quanto eu. – Tô ótima, e você? Soube sobre o Deny...hã sinto muito, talvez não era pra ser mesmo...
- A vai passar, faz parte! – era o que eu sempre dizia com a voz rouca, e forcei alguns risinhos – Então, será que é muito tarde pra continuar de onde paramos, dessa vez sem intervalos?
- Se isso é um convite pra sairmos no fim de semana está mais que combinado, levarei na sua casa o filme e a pipoca.
Tudo era tão mais fácil com Deb, sempre sem rodeios.
- Está combinado, qualquer coisa pode me ligar. Beijos
- Tchau.
Havia passado muito tempo desde a ultima vez que estive com Deb, apesar do desentendimento era bom ver que ela ainda estava lá, e mesmo depois de 5 meses (é muito tempo sem a sua melhor amiga) estava a mesma garota de sempre. Acho que havíamos superado as nossas diferenças.
- Quem era filha? – minha mãe sempre me pegando de surpresa
- Deb mãe, ela vem em casa no fim de semana (recuperar o tempo perdido, pensei comigo mesma).
- Fico feliz de ver que estão recomeçando filha! Ela faz falta pra você!
- Você nem imagina o quanto.
- Não deixe que nada nem ninguém estraguem isso Brenda, vocês sempre foram apegadas é bobagem deixar que algumas coisas acabem com isso.
- Nada nem ninguém mãe –repeti.- Não vou deixar.
Ela assentiu com um sorriso.
Subi a escada em direção ao quarto, parei na porta por um instante, minha vida meu coração e pra completar meu quarto, tudo fora do lugar. Talvez dando uma geral no quarto fosse um bom recomeço, mesmo já sendo tarde eu ainda tinha um certo medo de colocar a cabeça sobre o travesseiro, sabe como é, pensamentos ruins tem o dom de nos perseguir a noite.
A três meses que não havia mais o termo “eu e ele” também havia fugido da minha vida a palavra guarda-roupa. Engraçado como deixei que o mundo me engolisse e levasse minhas pequenas manias embora. Resolvi colocar cada coisa no seu devido lugar. Deixei apenas o que prestava, o que me trazia lembranças boas, o que me fazia rir. Separei coisas que agora classificava como pilha de lixos, e aquelas que hoje não mudavam em absolutamente nada. Estava disposta a jogar tudo fora – era meu quarto ou meu coração? – Queria passar a impressão de uma pessoa normal para a minha antiga melhor amiga. Eu precisava de uma nova chance, assim foi o modo que achei de começar.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
CONTROVÉRSIA [I]
Eu poderia começar com o era uma vez, se não fosse pelo fato dessa história se fazer tão presente dentro de mim até hoje.
Aos 18 anos, eu estava certa que havia dado pra vida tudo o que ela podia exigir de mim, mais eu estava enganada. Sempre temos com o que nos surpreender.
Eu jurava que era manhã, mais já se passavam das 14 horas. Meu Domingo sempre tinha sinônimo de ressaca e felicidade, embora muitas pessoas lutem pra esconder o quanto a vida se torna menos problemática com esse tipo de coisa. Ainda no escuro meus pensamentos voavam e eu ria sozinha. É pedir demais querer voltar á algumas horas atrás? Eu jurava pra mim mesma que não, então em pensamento eu me lembrava, só que dessa vez, prestando atenção em cada detalhe.
Senti vibrar. Meu celular e companheiro me avisando que em meia hora minha família estaria de volta. Minha cama estava tão gostosa e me pedia pra ficar. Ou eu levantava, ou seria obrigada a escutar xingos até o dia seguinte. Fiquei com a primeira opção.
Pé ante pé arrumei o quarto. Roupas, sapatos, maquiagens, tudo que uma garota gosta fora do lugar. E eu me esforcei pra parecer uma menina que havia passado o sábado em casa vendo um belo filme. Era isso o que eu mentia pra mim mesma, e quase cheguei a acreditar – se não fosse pelos pensamentos que me perseguiam de culpa repulsa.
- CHEGUEI! – conhecia aquela voz de longe. E tem visita pra você!
Disso sim eu gostava, visita surpresa. E pela pulsação do meu coração de olhos fechados eu já o sentia. Já não precisava de mais nada, estava completa.
- Senti saudades.
- Sempre me perco sem você, mais voltei. – incrível como tudo o que eu falava parecia pouco perto das palavras dele. Então me beijou, e como todos os outros beijos me faziam sentir calafrios e borboletas no estômago,e o que vinha depois era bem mais gratificante: aquele sorriso! Era quando eu ficava boba e me perguntava o que aquele príncipe fazia do lado de uma isaura? Mais no fundo, preferia não saber essa resposta.
- Precisamos conversar – ouvi em um sussurro – espero que tenha algumas horinhas na sua agenda.
- Acho que tenho uma vaguinha pra você – sorri o máximo que pude, como se quisesse passar a importância que ele tinha na minha vida.
Ele estava me levando ao meu lugar predileto, me questionei em silêncio qual seria a surpresa ou novidade dessa vez. Eu tentava descobrir sobre seus olhares, mais ele estava tão sério dirigindo que preferi não desviar a sua atenção. Sempre agindo como a menina encanada – e isso era uma conclusão que eu mesma tirará de minhas atitudes – comecei a me perguntar se era algo sobre a noite anterior. A minha noite que como várias outras, ele não sabia que havia feito parte do meu calendário. Ou melhor, da minha vida. Bateu o arrependimento, em nervos do momento jurei pra mim mesma que não faria de novo, que viveria apenas por ele e deixaria minhas regalias de lado, mesmo talvez sendo um pouco tarde demais pra esse tipo de promessa.
Descemos do carro, segurei firme na mão dele quase que pedindo pra não soltar, só me faltaram as palavras, então ansiei pra que ele me fizesse mais feliz que nunca.
- De todas as atitudes que tomei na vida, você foi a mais corajosa, - começou ele fazendo um leve sorriso aparecer em mim – e eu podia passar anos a fio tentando te mostrar que além de corajoso eu estava certo. Mais pode passar uma vida inteira, algumas coisas sempre serão inexplicáveis, e certas atitudes injustificáveis. Te deixar livre foi a minha opção, não só por você como por mim.
Tudo o que ele falava parecia sair tão natural que eu chegava a pensar que fosse mentira. Um milhão de pensamentos em um segundo. Garotas sabem quando estão em apuros. Continuou:
- Em todo esse tempo se teve um engano que cometi foi trocar o mundo lá fora por você. Isso não fui ruim, porque ainda sim tive meus momentos felizes, mais foi um erro porque você nunca se desapegou totalmente de outras vidas pra fazer parte da minha.
Ele estava mais certo que nunca, talvez eu tivesse deixado a desejar, mais eu havia incluído ele nas minhas maravilhas e estava sendo tão injusto quanto todo o meu passado.
- Me de um bom motivo pra eu não insistir – disse em lágrimas sendo forçadas a não cair, eu ainda tinha tempo pra pensar em demonstrar ser forte.
- Algumas coisas não valem tamanho sacrifício.
Era o bastante pro fim de um amor, quanto mais ele falasse, maior seria a dor antes de dormir. Sem despedidas, eu lutava pra agüentar firme por mais alguns minutos, eu precisava ficar sozinha, havia passado tão rápido que não havia tempo pra respirar. Ele beijou minha testa, era como costumava fazer quando sabia que eu precisava e deu aquele sorriso torto, assim, ele sabia que me prenderia a vida dele por mais algum tempo. Então ele foi, aquele jeito de andar que eu conhecia como a palma da minha mão, parecia que tinha um compromisso inadiável. Talvez realmente tivesse.
Me sentei na grama como se não houvesse mais nada a se fazer, como se muitas coisas na vida parassem de fazer sentido. Meu lugar preferido havia sido estragado. Será que ele tinha feito intencionalmente só pra não haver lembranças boas? Agora não fazia diferença. Eu não sabia o que pensar. Sempre saindo as escondidas, tendo tudo sob controle e nas minha mãos, eu havia me acostumado com ele sempre ali, apesar dos apesares. Meu desejo de aprontar pareceu uma coisa tão mesquinha. Como eu conseguia? Eu tinha absolutamente tudo o que precisava, uma vida ligada a minha. Me senti tão criança. Eu estava tão errada e tão cega, achando que levaria essa vida sempre, uma aqui e outra ali. Aí descobri que arrependimento dói, no fundo da sua alma e te atormenta tanto quanto os sentimentos bons. Te persegue, e o mais cruel de tudo, além da culpa, faz você pensar coisas horríveis a seu respeito.
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