terça-feira, 19 de abril de 2011

HOJE! É tudo o que sei

‘ Foi coisa de adolescente que amadureceu com o tempo’, foi o que minha mãe disse ao se lembrar de como tinha sido, de como ela e meu pai haviam chegado até o que são hoje.
Nunca foi o tipo de conversa da qual eu gostava de ter, com ela ou com qualquer pessoa que fosse, mas todas as palavras que se dirigiam a mim, me acertavam de uma maneira indesejável, como se eu descobrisse que era mais parecida com ela do que eu imaginava. ‘Nunca quis nada com nada, e seu pai... bom seu pai foi um enrosco, e QUE enrosco, éramos muito dos avessos’, disso eu sabia,  e como. Até hoje notava a diferença, de pensamentos e comportamento, mas antigamente eu sei que chegavam a causar olhares tortos. Mas a questão não era essa, e sim como estavam ali, com as diferenças deixadas de lado, um para o outro.
Então parei de me preocupar.
Passei a rever as minha atitudes, a maioria delas por achar que qualquer consequência seria o fim do mundo, quando na verdade, seriam só consequências. De um jeito ou de outro não estava livre delas, aceitei que minhas escolhas poderiam dar errado, como tinham as mesmas chances de dar certo. Dali pra frente mantive a mente aberta, e estava disposta a tudo. Se mudasse a minha vida – como mudou a da minha mãe – eu ficaria feliz, se não mudasse, ficaria mais feliz ainda por ter tentado. Aí descobri que esse momento é tudo com o que eu devo me preocupar.