sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu me lembro de ter ouvido que as coisas não seriam fáceis, e quando elas se tornaram realmente complicadas eu decidi observar tudo ao meu redor. 
Existe uma idade em que fazer o impossível, ou querer o que não se pode ter é realmente prazeroso. E tudo o que você possui, nunca será o suficiente. Há uma enorme possibilidade de que as brigas ao decorrer de sua vida aconteçam com pessoas que você mais ama. Saudade e arrependimento são dois motivos – e mais que suficientes – para fazer qualquer um dar cinco passos a diante, ou dez para trás. Em algum dia, durante a sua interminável caminhada, você vai se cansar de tudo e de todos. Vai precisar de um tempo pra você, vai querer jogar tudo fora e começar de novo. Mas vai passar. Haverá dias em que seu peito vai estar estufado de emoções, e em outros, elas irão escorrer pelos olhos. Uma música não vai dizer tudo o que é preciso, o poeta não vai escrever sobre seus sentimentos. Você é único, o que vem com você também, e mesmo que seja por dentro as mudanças são inevitáveis e os sorrisos são incontroláveis.
Então parei de procurar respostas e me deixei ser tomada pelas perguntas que ainda me moviam. Não faz sentido tentar entender. Enquanto as coisas clichês acontecem aqui dentro, as fascinantes transformam pessoas lá fora.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Me coloco no lugar de sempre. De maneira rotineira á caminho de casa me pego pensando. Mas nada me prende, nada me importa de verdade, e tudo o que tenho é bagunça e o olhar sob as estrelas. Quando criança imaginava de onde vieram, do que eram feitas, e mesmo não tendo respostas que me convençam muito até hoje, ainda sim imagino um passado surreal para elas. 
Suspirei e procurei me concentrar, até que encontro um silêncio interno, desses não passageiros que costumam aparecer durante a noite enquanto você se faz milhões de perguntas sobre sua própria vida: Por quê faço isso, por quê aceito aquilo, e no final, você não encontra as respostas que procurava.
Então observo pela janela, e como se fosse a coisa mais normal do mundo vejo pessoas indo e vindo, então pego esse instante pra mim, como se fosse a única certeza que tenho da vida. Pessoas vão porque precisam, porque sentem saudades, porque buscam alguma coisa que faça sentido, ou que dê sentido a vida delas. Pessoas vem porque não se sentem bem, porque isso ou aquilo não lhe agradam, e provavelmente porque encontraram um bom motivo pra voltar.
Deixo que tudo se arraste e me permito se perder. Um ar de exaustão me domina e sou vencida pelo cansaço, e o que era algumas horas, transformou-se em minutos assim que peguei no sono. Não me lembro como foi, mas quando acordei já estava lá. 
Arrumei a cama, fechei as cortinas, e foi me preparando para a manhã seguinte que percebi o instante exato do meu dia em que as coisas passariam a fazer sentido. 
Uma pontinha de felicidade bateu -não que eu estivesse triste, apenas não sentia nada-. Então algum lugar dentro de mim começou sorrir. Entendi o que me fazia feliz naquele momento. Me permitir enxergar coisas grandiosas nos pequenos detalhes era o melhor que havia feito, e era algo construído com alma, observação e coração.
Bobagem não se deixar levar. As riquezas do meu mundo talvez ninguém entendesse, mas aquilo que eu avistava agora era motivo mais que suficiente pra desistir da busca incansável por um estado durável de plenitude.
Alegria se trata de conquistas,- pensei -  não de buscas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Com o meu olhar avistava de longe a saudade, você.
Comecei a me preocupar por conseguir te observar como se fosse a coisa mais comum da minha vida, sendo que levava por você, um mundo de emoções. Pensei minhas atitudes, imaginei em te ter por perto, em te ter de volta. Era todo o meu passado, - pensei - se não todo, boa parte da qual eu me orgulhava. 
Te conheci, me apeguei e me envolvi. Fingi que não era nada de mais quando me obriguei a fazer melhor, a pensar em mim, e te deixar ir. 
Mas eu me lembro como se fosse ontem, as verdades que me fizeram crer que seria diferente, - e foi - que me mostraram que eu não seria capaz de negar até que fosse forte o suficiente, e confesso que não sou até hoje. E estou aqui, agindo como se a minha vida não dependesse de nada nem ninguém. 
No fundo sabemos que idas e vindas causam transtornos ao coração.
Então paro de te olhar, e antes que teu sorriso me contamine decido ir embora, até que a gente aconteça outra vez.

domingo, 8 de maio de 2011

Como se nada mais importasse, agi rapidamente conforme as minhas vontades. Fiz por impulso, mas posso dizer que foi a forma mais inteligente de matar os meus desejos. O único arrependimento que tive, foi quando descobri que podia ter feito antes, que minha vontades não sumiriam até que as fizessem. Dali em diante aprendi mais sobre mim. Não deixo nada passar, tudo que quero é só o que preciso conseguir. Não importa o quanto pareça errado, o quanto as pessoas digam, meus desejos é tudo o que enxergo. Alias, porque deveria me importa com outras coisas? Descobri que sou cabeça dura o suficiente pra bater na mesma tecla, quebrar a cara milhões de vezes, até descobrir que preciso parar. E é no meio dessas ações meus anseios me dominam, mas posso dizer que fico feliz em insistir no que não da certo, não dizem que tudo o que é bom custa caro?

domingo, 1 de maio de 2011





Eu me lembro de quando olhávamos juntos, pra nós dois como se fôssemos um.
Lembro dos planos, os que foram deixados de lado e os que em mim ainda estão de pé.
Do começo, da amizade inocente, do sorriso sem malicia e das brincadeiras. Nada além das brincadeiras.
Como se fosse ontem me pego sentindo seu cheiro, busco o seu abraço e tudo o que vejo é saudade. Talvez com um pouco de esperança.
Olho para as fotos, imagino e reinvento cada detalhe na esperança de telos de volta com você aqui.
Relembro as pequenas verdades ditas e algumas esquecidas, foram palavras na cama, no travesseiro e algumas ao vento.
Enquanto nada mais me resta, te aceito pela metade e da forma que quiser vir, só não me obrigue a ter que esquecer.