quinta-feira, 16 de junho de 2011

          Quanto mais eu tentava entender, mais perdida na vida eu ficava.  Se eu fechasse meus olhos, talvez por um tempo amenizasse a dor que eu estava sentindo, uma vez que quando imaginamos pessoas ao nosso lado as coisas se tornam mais fáceis. Então era o que eu fazia, e quer saber, ficava menos decepcionada em lembrar que todo mundo, pelo menos uma vez, desejou uma dose de sumiço.
         Quando percebi que as coisas ao meu redor não estavam acontecendo como eu havia planejado, meu ponto de vista se perdeu.  Eu não sabia exatamente o que queria ou como devia agir, mas meu mundo parecia simplesmente girar, e enquanto isso continuasse eu sobreviveria, ou pelo menos arrastaria os meus dias.

“Não somos anjos”, pensei.”Será que alguém se importa se eu inventar as minhas asas?”

          Eram tempos difíceis, e quando um problema puxa o outro é como se o mundo inteiro estivesse pronto para desmoronar. Mas depois de milhões de tropeços, uma vitória aqui e ali passei a me admirar mais, porque ninguém faria isso por mim. Inventei meu próprio modo de superação e descobri que era o único jeito que eu chegaria a algum lugar.
         Conclui que o melhor a se fazer é não esperar nada do que está por vir porque os obstáculos aparecem.
 Levar rasteira – da vida, das pessoas – não só doía como tinha o poder de fortalecimento. Porque acredite, até os piores venenos curam a sua dor um dia. Mas se Deus estava me testando, ele já podia parar.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Como se não bastasse, ainda sinto saudade por dois.

Não importa pra qual direção eu olhe, sempre haverá uma vírgula aonde deveria existir um ponto final. Não é por mal, apenas não domino a arte de “casos bem resolvidos”.   E enquanto eu tento me fortalecer aqui, eu penso nas pessoas que estão do lado de lá. Se elas sentem a minha falta, se me querem bem tanto quanto quero a elas. Vivo a me convencer de que tudo se trata de um simples desejo: querer a presença quando se tem a ausência.
Seja como for, tudo acaba dificultando o dia seguinte, porque não basta existir vontade. Tentar deixar algumas coisas para trás é pedir pra se amar depois.
Apenas viva. Apenas deixe acontecer. E não se preocupar também faz parte.
E lembre-se: não importa qual seja a atitude, é você quem deve dar o primeiro passo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Eu não via problemas em deixar as coisas acontecerem, mas esperar doía tanto.
Quando me deparei com o tempo pela primeira vez, custei em acreditar que minha vida pertencia a ele. Enquanto eu corria, as pessoas caminhavam; enquanto eu tinha pressa, os outros tinham paciência e enquanto buscavam, eu simplesmente me perdia.
Perdi-me inúmeras vezes por não saber quando nem como parar, por querer agradar, por querer felicidade, por querer viver de sorrisos, mas um Adeus ás vezes é necessário para que o Olá chegue depressa.

Ter certeza que o que vem por aí é saudade, é a pior convicção que se pode ter na vida. Você não pode fugir, de um jeito ou de outro ela sempre aparece. Aí descobri que saudade e tempo estão de mãos dadas; Você aceita que elas existem, ou você aceita que perdeu.

No meu caso, deixar pra lá foi a melhor escolha. “Coração vazio não bombeia”, pensei.

Mas ninguém disse que seria fácil, nem que isso significaria que eu seria perdedora. Tentar é para os fortes, aceitar que não dá mais é para os inteligentes e entender quando não é pra você, isso só para os grandes de espírito!

Não, não estava orgulhosa de mim. Desistir era tão complicado quanto todo o resto.
Mas a canseira me vence, a saudade me mata, e o tempo... Ainda não me dou bem com ele.