sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mas o sorriso (...) ah, esse resistirá a todas as ciladas do tempo , escreveu Caio Fernando Abreu, e dai em diante filosofei.

Não existe, nunca existiu, nem vai existir pessoas, momentos, ou lembranças eternas.
Certamente algumas se farão mais presentes que as outras, estarão dispostas a tirar o seu sono, mas passa. Passa como foi na primeira, na segunda e na terceira vez.
Quando você estiver disposta a desistir, quando achar que os esforços estão sendo em vão, não se preocupe em esquecer, o tempo irá cuidar de tudo. 
O máximo que você pode fazer é fantasiar e incorporar um belo sorriso no rosto. Não custa caro e vale o esforço. 

Enquanto ao que vem depois, ou se as coisas vão demorar pra se ajeitar, não importa. Tudo o que você precisa vai estar em você, até que você descubra o que realmente estava procurando.

terça-feira, 19 de abril de 2011

HOJE! É tudo o que sei

‘ Foi coisa de adolescente que amadureceu com o tempo’, foi o que minha mãe disse ao se lembrar de como tinha sido, de como ela e meu pai haviam chegado até o que são hoje.
Nunca foi o tipo de conversa da qual eu gostava de ter, com ela ou com qualquer pessoa que fosse, mas todas as palavras que se dirigiam a mim, me acertavam de uma maneira indesejável, como se eu descobrisse que era mais parecida com ela do que eu imaginava. ‘Nunca quis nada com nada, e seu pai... bom seu pai foi um enrosco, e QUE enrosco, éramos muito dos avessos’, disso eu sabia,  e como. Até hoje notava a diferença, de pensamentos e comportamento, mas antigamente eu sei que chegavam a causar olhares tortos. Mas a questão não era essa, e sim como estavam ali, com as diferenças deixadas de lado, um para o outro.
Então parei de me preocupar.
Passei a rever as minha atitudes, a maioria delas por achar que qualquer consequência seria o fim do mundo, quando na verdade, seriam só consequências. De um jeito ou de outro não estava livre delas, aceitei que minhas escolhas poderiam dar errado, como tinham as mesmas chances de dar certo. Dali pra frente mantive a mente aberta, e estava disposta a tudo. Se mudasse a minha vida – como mudou a da minha mãe – eu ficaria feliz, se não mudasse, ficaria mais feliz ainda por ter tentado. Aí descobri que esse momento é tudo com o que eu devo me preocupar.

sábado, 16 de abril de 2011

Pelo sim, pelo não, eu prefiro a mim.




Era assim que eu sobreviveria dali para frente. Me alimentaria de elogios – falsos ou não – desde que fossem ditos, acreditaria em todos os sorrisos e me permitiria a tudo e a todos. Não seria fácil, alias, nunca ninguém me garantiu que seria, mas eu estava tão cansada da vida real que passei a acreditar no conto dos livros, e era exatamente essa a mensagem que me passavam; mundo perfeito, pessoas perfeitas, ou pelo menos um final feliz.
            Deixaria me levar pela sensação de fazer o que eu quisesse, e claro que não acertaria sempre, mas desde que eu matasse a minha vontade, desejo, anseio, estaria valendo à pena! Desejaria o impossível buscaria dentro de mim o que ninguém jamais buscou; o novo. Estaria preparada, agiria por impulso, ora passaria dias pensando em como fazer. O segredo seria não viver de rotina, independente do que pensariam, porque eu não estou pedindo pra alguém se importar. Eu me importo e é o suficiente.
            Tudo isso veio com uma vontade louca de fazer diferente. Foi quando eu percebi que muitas coisas estavam fora do lugar, muitas não precisavam ser assim, mas se eu fosse querer agradar todo mundo não viveria por mim, e sim pelos outros.